Sonâmbula
Suavemente, arrastada pelo sonho de uma felicidade imaginária, deixo que o passado me envolva nos braços da sedutora melancolia de uma noite aparentemente perfeita. Inocentemente, deixo que o envelhecido tempo me sufoque, que me encha a alma de lágrimas salgadas, nostálgicas e ansiosas de voltar atrás, só para sentir aquela alegria pura de uma criança agarrada ao seu brinquedo predilecto. Desesperada e inutilmente, agarro-me à primeira memória que me aparece à frente... Sem sentido, abraço-a de uma maneira inimaginável, deixando que ela me consuma e me arraste para bem longe da realidade sonâmbula de um hoje perdido por areias movediças.
3 Comments:
nao ha nada mais assustador que uma realidade sonâmbula...é abominável não se ter a consciência da realidade, por mais que ela custe...é como morrer durante o sono, nao há ignorância maior do que morrer sem sequer saber...
Todos nós temos os nossos momentos cegos e longiquos da verdadeira realidade mas ao fim de algum tempo se houver força interior existe a ascenção á verdade seja ela qual for :)@
Mto bom Dé!
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